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Number 3 - 2012
revista
Latin
aero
www.latinaero.com
Pérfda Albion
De fato, em razão de causas excruciantes
orçamentárias, Londres decidiu fnal-
mente que os seus dois porta-aviões em
construção (HMS E
lizabeth
e HMS P
rince
of
W
ales
) não serão reconfgurados para
que jatos navais franceses (como o Das-
sault Rafale M) possam operar a partir de
seu deck – ao contrário do que foi acor-
dado menos de dois anos atrás, quando
Paris e Londres (representados por Ni-
colas Sarkozy e David Cameron) assina-
ram os acordos de Lancaster House em
novembro de 2010. Com o propósito
de compartilhar ofcialmente o ônus da
defesa europeia entre os dois países, os
acordos de Lancaster House substituem
o Tratado de Assistência Mútua, de mar-
ço de 1947, assinado em Dunquerque
por Georges Bidault e Ernest Bevin. Uma
de suas decisões mais ousadas foi criar
um “grupo aéreo embarcado integrado”
comum, que deverá ser completamente
interoperável. Mas isso não passou de
uma fantástica especulação…
O retorno dos Britanicos para o F-35B,
confrmado por funcionários parlamen-
tares, torna agora fnal a decisão do Reino
Unido de comprar a versão STOVL do JSF,
que pode pousar nos porta-aviões britâ-
nicos sem catapulta e cabos de parada,
mandatórios para os aviões franceses .
Sair do planejado grupo de batalha fran-
co-britânnico…
Bizarramente, na análise de segurança
e defesa estratégica de 2010, David Ca-
meron anunciou que o Ministério da
Defesa britânico iria converter os por-
contrary to what was agreed less than
two years ago when Paris and London
(represented by Nicolas Sarkozy and
David Cameron) signed the Lancaster
House accords of November 2010. Meant
to ofcially share the burden of European
defence between the two countries, the
Lancaster House accords replaced the
March 1947 Mutual Assistance Treaty si-
gned in Dunkirk by Georges Bidault and
Ernest Bevin. One of its boldest decision
was to create a common “integrated car-
rier air group” due to be fully interope-
rable. But this was just a pipe dream…
The British move back to the F-35B,
confrmed by parliamentary ofcials,
now makes fnal the UK’s decision to buy
the STOVL variant of the JSF, the version
of the aircraft that can land on British car-
riers without the catapult and trap nee-
ded by French planes. Exit the Franco-Bri-
tish planned attack carrier group…
Bizzarely, in the 2010 strategic defence
and security review, David Cameron an-
nounced the UK Ministry of Defence
would convert the carriers and buy the
longer-range F-35C variant of the strike
fghter. At the time he fercely criticised
the previous Labour government for
choosing the F-35B variant!
Allowing France and the UK to share
the expensive task of maintaining unin-
terrupted carrier capability was an im-
portant reason for the switch, the SDSR
noted at the time. But David Cameron is
widely believed to have changed course
because his government underestima-
ted the cost of converting the carriers,
Um F-35B Lightning II realiza o primeiro
pouso vertical em alto mar no convés de voo
do navio de assalto anfíbio USS
W
asp
(LHD 1)
em 3 de outubro de 2011. O F-35B é a variante
do programa Joint Strike Fighter desenvolvida
para o U.S. Marine Corps, e foi projetado para
executar decolagens curtas e pousos verticais
(STOVL) em navios de assalto anfíbios.
An F-35B Lightning II makes the first vertical
landing on a flight deck at sea aboard the
amphibious assault ship USS
W
asp
(LHD 1) on
3 October 2011. The F-35B is the Marine Corps
Joint Strike Force variant of the JSF and is
designed for short takeoff and vertical landing
on amphibious ships.
© A. Wolfe - U.S. Navy