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Espaço e c i ênc i a
Número 6 - 2013
dos aviões causou a perda de interesse
nos foguetes como plataformas fotográ­
fcas. Estamos testemunhando, pelo inte­
resse atual em satélites de observação, o
retorno do pêndulo!
Spot: o gerador de tendências francês
Se os satélites de observação já estão
por aí há mais de quatro décadas, o livre
acesso à sua produção permaneceu por
muito tempo uma questão de soberania
nas mãos das duas grandes potências
militares da Guerra Fria: os EUA e a URSS.
Era apenas: sem permissão para todos os
outros! Enquanto isso, em muitos países
onde a necessidade de obtenção de ima­
gens de alta resolução de seu território
para diversas aplicações, que vão desde
levantamento fundiário e agricultura até
gerenciamento territorial, cartografa, ur­
banismo, hidrologia e segurança pública
em zonas particularmente propensas a
terremotos ou vulcanismo, só para citar
alguns requisitos.
Entusiasticamente, foi apenas graças a
uma nação – a França – e a uma organi­
zação científca muito proativa – o CNES
(
Centre National d'Études Spatiales
- a agê­
ncia espacial francesa) – que a observa­
ção espacial tornou-se aberta a cientistas
do mundo e ao público em geral . Com
uma ferramenta histórica: o satélite S
pot
,
o resultado de um esforço científco pu­
ramente francês lançado em forma de
projeto há cerca de quatro décadas.
Fornecendo imagens em grande
parte para civis mas também para fns
militares e de segurança, o SPOT (
Système
Pour l'Observation de la Terre
– Sistema
por a Observação da Terra) é um sistema
de satélite de imageamento óptico de
observação da Terra de alta resolução
(numerando inicialmente três platafor­
mas lançadas em intervalos de um ano)
operando a partir do espaço em uma ór­
bita polar, circular, sincronizada com o sol
(para aproveitar as melhores condições
de iluminação) e faseada.
A inclinação do plano orbital combi­
nada com a rotação da terra em torno do
eixo polar permite que qualquer satélite
da constelação SPOT voe sobre qualquer
ponto da Terra dentro de 26 dias. A ór­
bita tem uma altitude precisa de 832 km
e uma inclinação de 98,7°. Ele completa
um total de exatamente 14 + 5/26 revolu­
ções por dia!
Latin
aero
magazine
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O satélite
S
pot
6 é o mais recente da família
Spot Image. Foi lançado em 2012. Seus paineis
solares são semelhantes aos dos satélites
Pléiades para fornecerem mais energia elétrica.
The
S
pot
6 satellite is the most recent of the
Spot Image family of imaging satellites. It was
launched in 2012. Its solar panel arrangement
is somewhat similar to the one of Pleiades to
provide extra electric power.
© CNES / EADS Astrium
Uma imagem da cidade de Rio Claro (SP)
feita pelo satélite
S
pot
5 em 2007.
The Rio Claro in the state of São Paulo as pictu-
red by
S
pot
5 in 2007.
© CNES / EADS Astrium
feet. One of his earliest cameras was a
panoramic camera of the type now pro­
posed for lunar reconnaissance and use­
ful also in observation satellites.
Just one century ago now, as soon
as airplanes were thought practical and
safe, photographs were taken from them,
starting in the Balkan war of 1913. Shortly
after that, in World War I, and subse­
quently more extensively in World War II,
photographs became major tools of re­
connaissance and intelligence. On both
sides of the front lines.
Photography from rockets is not a
new photo technique either. Alfred Maul,
in Germany, wanted to use camera-car­
rying rockets for military reconnaissance.
He started with a camera taking pictures
of 40 mm2 (the same size as the picture
taken by a miniature Rolleyfex). In spite
of many difculties he devised in 1912
a rocket stabilized by a gyroscope, with
a take of weight of 92.5 pounds. This
rocket carried an 8 x 10-inch camera to
about 2,600 ft. By this time, however, the
airplane was coming into its own, and
photos from airplanes were easily made.
The success of airplanes caused loss of
interest in rockets as photographic plat­
forms. We are now witnessing, in current
interest in observation satellites, a return
swing of the pendulum!
Spot: the trendsetter from France
If observation satellites have been
around for over four decades now,
open access to their production remai­
ned for long a sovereign matter in the
hands of the two great military powers
of the Cold War: the USA and the USSR.
It was just: no admittance for everyone
else! Meanwhile many countries where
in need of obtaining high-resolution
images of their territory for various ap­
plications ranging from land survey and
agriculture to land management, carto­
graphy, urbanism, hydrology, and public
security in zones particularly prone to
earthquakes or volcanism, just to men­
tion a few requirements.
Eagerly, it was only thanks to one na­
tion – France – and to a very proactive
scientifc organisation – France's CNES
(
Centre National d'Études Spatiales
– the
French space agency) that space obser­
vation became open to scientists of the
world and to the general public. With
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