Page 91 - Latinaero_magazine_issue_02_March_2012

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revista
Latin
aero
Number 2 - 2012
of life may exist on the surface, using
as a medium a liquid methane cycle
instead of a water cycle. Actually, ano-
malies in atmospheric composition
have been reported which are consis-
tent with the presence of such a life-
form, however these could also be
due to an exotic non-living chemistry.
As such, Titan is unique in the outer
solar system as it is possesses both a
hard surface and a thick atmosphere.
Now, why is it that Titan has the
only substantial atmosphere of any
moon of our solar system? And what
could have presided over its creation?
The answers are still many and could
foster our own understanding on just
how life started on our planet as, for
sure, the existence of an atmosphere
on a celestial body is the
sine qua non
for any biotic form of life to appear
and develop, or to have existed; as
other prerequisites, like proper tem-
perature, pressure, acceptable radia-
tion levels and magnetism, do play a
crucial role in the life process.
Cassini-Huygens: the long mission to Titan
The frst detailed observations of Ti-
tan were made in 1980 and 1981 by
NASA’s Voyager 1 and Voyager 2, two
scientifc probes launched in 1977
to take advantage of a favourable
planetary alignment. Although of-
cially designated to study just Jupiter
and Saturn, the probes were able to
continue their mission into the outer
solar system, and are now – 34 years
later! – on course to exit our system
and enter interstellar space, about
120 astronomical units from the sun.
As a matter of fact, Voyager 1 is cur-
rently, at some 18 billion kilometres
from Earth, the human-made object
farthest from our planet!
Yet, even with the fabulous data
provided by the Voyagers, Titan re-
mained a body of true mystery – a
planet-like moon shrouded in a hazy
mantle making detailed observation
difcult. The mystery that had sur-
rounded Titan since the 17th Century
observations of the Saturnian system
by Christiaan Huygens and Giovanni
Cassini explains why a spacecraft was
named in their honour.
94 K (-179 °C), e pressões no solo mais
elevadas. O satélite tem assim sido ci-
tado por exobiólogos como um possível
local propício para a vida extraterrestre
microbiana ou, pelo menos, como um
ambiente pré-biótico rico em elementos
orgânicos complexos. Pesquisadores têm
sugerido que um possível oceano líquido
subterrâneo possa servir como um meio
biótico, como os oásis ativos hidroter-
mais descobertos, de 1970 em diante,
em abismos oceânicos e fossos no leito
do oceano na Terra. Também tem sido
sugerido que uma forma de vida possa
existir na superfície, utilizando-se como
meio o ciclo de metano líquido ao invés
do ciclo de água.
Na verdade, anomalias na composição
atmosférica têm sido relatadas, o que é
consistentes com a presença de tal forma
de vida, no entanto isto pode também
ser devido a elementos químicos exóti-
cos não vivos. Como tal, Titã é único no
sistema solar exterior possuindo ambos,
uma superfície dura e uma grossa cama-
da atmosférica.
Agora, por que Titã possui a única at-
mosfera substancial entre qualquer lua
do nosso sistema solar? E o que poderia
ter levado a sua criação? As respostas
ainda são muitas e podem promover a
nossa própria compreensão sobre como
a vida começou no nosso planeta, e, com
certeza, a existência de uma atmosfera
em um corpo celeste é a
sine qua non
para qualquer forma de vida biótica sur-
gir e se desenvolver, ou ter existido; assim
como outros pré-requisitos, tais como
temperatura adequada, pressão, níveis
de radiação aceitáveis e magnetismo,
que desempenham um papel crucial no
processo da vida.
Cassini-Huygens : a longa missão até Titã
As primeiras observações detalhadas de
Titã foram feitas em 1980 e 1981 pela
Voyager 1 e Voyager 2 da NASA, duas
sondas científcas lançadas em 1977
aproveitando-se de um alinhamento pla-
netário favorável. Embora ofcialmente
designadas para estudar apenas Júpiter
e Saturno, as sondas foram capazes de
continuar sua missão no sistema solar ex-
terior, e agora estão em vias de sair do sis-
tema solar e entrar no espaço intereste-
lar, a cerca de 113 unidades astronômicas
Em 15 de outubro de 1997, um foguete Lock-
heed Martin Titan IV-B com um estágio superior de
alta energia Centaur colocou a nave espacial Cassi-
ni-Huygens na órbita da Terra e enviou-a na para a
primeira etapa de sua longa viagem para Saturno.
Uma longa viagem intersideral de 7 anos!
On 15 October 1997, a USAF Titan IV-B, with a
Centaur high-energy upper stage, lifted the Cassini-
Huygens spaceship into Earth orbit and sent it on
the first leg of its long journey to Saturn. © NASA
A
Huygens ser integrada com o Cassini Saturno
orbiter no Kennedy Space Center da NASA, Flórida.
Huygens being integrated with the Cassini Saturn
orbiter in the Payload Hazardous Servicing Facility
at NASA’s Kennedy Space Center in Florida. © ESA
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