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Latin
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magazine
Número 3 - 2012
Ao 1.300.000.000 km da Terra
a exploração de Titã continua
1,300,000,000 km away from planet Earth,
on Titan, new discoveries open more questions
Por | By
Alfredo Wegener
[ Parte 2 ]
ESPAÇO E CI ÊNCIA
T
he largest of the 65 Saturnian moons, Titan, is unique
in the outer solar system as it is possesses both a
hard surface and a thick atmosphere. In fact no other
moons so far discovered by the human eye are known to
possess such an atmosphere likely to resemble the primitive
atmosphere of our own planet – Earth – when the frst biotic
bricks of what would one day become life were probably at
an earlier formation stage. As such, the atmosphere of Titan,
although extremely cold, is the only fully developed atmos-
phere known to exists on a natural satellite in our solar sys-
tem, that is why it is so compelling to scientists.
Earlier observations have shown that the Titanian atmos-
phere is very dense with a surface pressure about 1.45 times
that of our planet. Titan’s at-
mosphere is about 1.19 times
as massive as Earth’s over­all.
The atmosphere is so thick
and the gravity so low that
Titan’s atmosphere is far more
extended than that of Earth.
This fact was proven when du-
ring early circumnavigations
of the moon – even at a dis-
tance of 975km – the Cassini
spacecraft had to make ad-
justments to maintain a stable
orbit against a conspicuous
atmospheric drag! This ga-
seous robe supports opaque
haze layers that block most
visible light from the Sun and
other sources and renders Ti-
tan’s surface features quite
obscure.
It was not until the arrival of the Cassini-Huygens mission
in 2004 that the frst direct images of Titan’s surface were ob-
tained. However, during its short historic parachute dive of 14
January 2005, the small Huygens probe was unable to detect
the direction of the Sun throughout its descent, so thick and
opaque Titan’s atmosphere is! And although it was able to
take a number of useful photos from the moon’s surface, the
French Huygens team at CNES, led by Roger-Maurice Bonnet,
A
maior das 65 luas de Saturno, Titã é única no Sistema
Solar exterior, pois possui tanto uma superfície dura
quanto uma espessa atmosfera. Na verdade, nen-
huma outra lua descoberta até agora pelo olho humano é
conhecida por possuir uma atmosfera tão parecida com a at-
mosfera primitiva do nosso próprio planeta – Terra – quando
os primeiros tijolos bióticos do que um dia se tornaria a vida
eram, provavelmente, em um estágio inicial. Como tal, a at-
mosfera de Titã, embora extremamente fria, é a única atmos-
fera totalmente desenvolvida conhecida que existe em um
satélite natural no nosso sistema solar, e por isso ela é tão
atraente para os cientistas.
Observações anteriores mostraram que a atmosfera de Titã
é muito densa e com uma
pressão na superfície aproxi-
madamente 1,45 vezes maior
do que em nosso planeta. A
sua atmosfera é cerca de 1,19
mais massiva do que a da Ter-
ra, além de se tão espessa e
possuir a gravidade tão baixa
que a faz ser muito mais ex-
tensa do que a da Terra. Este
fato foi comprovado quando,
durante circumnavegações
iniciais da lua – mesmo a uma
distância de 975 km – a espa-
çonave Cassini teve que fazer
ajustes para manter estável
contra um robusto arrasto
atmosférico! Este manto ga-
soso cria camadas de neblina
opaca que bloqueiam a luz
mais visível do Sol e de outras
fontes e torna a superfície de Titã bastante obscura.
Foi apenas com a chegada da missão Cassini-Huygens
em 2004 que as primeiras imagens diretas da superfície de
Titã foram obtidas. No entanto, durante sua histórica descida
de paraquedas, em 14 de Janeiro de 2005, a pequena sonda
Huygens foi incapaz de detectar a direção do Sol durante
toda a sua aproximação, de tão densa e opaca que é a at-
mosfera de Titã! E, embora ela foi capaz de fazer uma série de
A lua Dione vista próxima a Titã nesta imagem das duas
luas passando por Saturno e seus anéis.
Dione seen near Titan, in this view of the two moons travelling
before Saturn and its ring. © NASA