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91
revista
Latin
aero
Number 6 - 2013
A missão BepiColombo da ESA e
da JAXA vai colocar em 2022 dois
veículos orbitais em torno de Mer-
cúrio: o Mercury Planetary Orbiter
(MPO), que irá mapear o planeta, e
o Mercury Magnetospheric Orbiter
(MMO), que irá investigar sua
magnetosfera.
The BepiColombo mission will place
in 2022 two orbiters around Mercu-
ry: the MPO – pictured here –, that
will map the planet, and the MMO,
that will investigate its magnetos-
phere. In Japanese, Mercury goes by
the name Suisei (
水星
). © ESA
First scheduled to be launched into space in July 2014,
from Kourou in French Guiana, and then pushed back to Au
gust 2015, after various obstacles (technical and fnancial)
were encountered, the BepiColombo mission is truly ambi
tious. It is named after the Italian mathematician Giuseppe
“Bepi” Colombo (1920-1984), professor at the University of
Padova, who made fundamental contributions to the theory
of resonances. And who, most of all, developed the gravity-
assist manoeuvre commonly used today by planetary probes.
Nearly four decades ago, he helped NASA devise the trajec
tory of Mariner 10, the only spacecraft to encounter Mercury
during the twentieth century, exploiting this manoeuvre for
the frst time around Venus.
Why explore Mercury? The reasons are numerous, besides
being a project pregnant with fundamental questions about
the formation of our own planet, created in the same time
span. One of them is that Mercury has some characteristics
in common with our planet. Mercury's interior appears to
resemble that of the Earth. Both planets have a rocky layer,
called a mantle, beneath their crust and both planets have an
iron core. In fact, Mercury, despite its small size, is the second
densest major body in the Solar System (after the Earth); al
though slightly less dense, as Mercury's smaller mass makes
its force of gravity only about a third as strong as that of the
Earth. For instance, an object that weighs 100kg on our planet
would weigh only about 38kg on Mercury. Mercury's large
iron core, which is most likely still at least partially molten,
also generates its own magnetosphere capable of defecting
solar winds. A very interesting feld of study indeed…
como uma gota de chuva! Em japonês, Mercúrio atende pelo
nome Suisei (
水星
), o que signifca o mesmo.
Programada para ser lançada ao espaço em julho de 2014,
a partir de Kourou, na Guiana Francesa, e depois adiada para
agosto de 2015, após o surgimento de vários obstáculos
(técnicos e fnanceiros), a missão BepiColombo é verdadeira
mente ambiciosa. É batizada em homenagem ao matemático
italiano Giuseppe "Bepi" Colombo (1920-1984), professor na
Universidade de Pádua, que fez contribuições fundamentais
para a teoria de ressonâncias. E que, acima de tudo, desenvol
veu a manobra assistida pela gravidade comumente usada
hoje pelas sondas planetárias. Há quase quatro décadas, ele
ajudou a conceber a trajetória da Mariner 10 da NASA, a única
espaçonave a se encontrar com o planeta Mercúrio durante
o século XX, explorando esta manobra pela primeira vez em
torno de Vênus.
Por que explorar Mercúrio? As razões são inúmeras, além
de ser um projeto repleto de questões fundamentais sobre a
formação de nosso próprio planeta, criado no mesmo perío
do de tempo. Um deles é que a Mercúrio possui algumas ca
racterísticas em comum com o nosso planeta. O interior de
Mercúrio parece assemelhar-se ao da Terra. Ambos os plane
tas têm uma camada rochosa, chamada de manto, abaixo de
sua crosta e ambos os planetas têm um núcleo de ferro. Na
verdade, Mercúrio, apesar de seu pequeno tamanho, é o se
gundo corpo mais denso sistema solar (depois da Terra); em
bora apenas um pouco menos denso, já que a menor massa
de Mercúrio faz com que sua força gravitacional seja apenas
cerca de um terço da experimentada na Terra. Por exemplo,